Como não tomar um #calabocagalvao mundial

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Como não tomar um #calabocagalvao mundial

Posted in : Marketing Digital on by : Leandra Soares Comments:

Provavelmente você já sabe. Mas eu vou resumir pra quem não entra no Twitter em toda folga que tem no trabalho, diferente de mim (leia-se você).

Ontem à tarde, também conhecido como 10/06 – o dia da abertura da copa -, o Galvão Bueno tomou simplesmente o maior CALA A BOCA do Brasil, quiçá do mundo.

Claro, foi pelo Twitter. No Trendic Topics, a expressão CALA BOCA GALVAO foi a mais twittada mundialmente. Talvez a merecida vingança de todo brasileiro que não aguentava mais ouvir o locutor falando sobre qualquer assunto, muitas vezes mesmo sem conhecê-lo a fundo – e ao mesmo tempo a piada interna da semana, já que nem meia dúzia de gringos deve ter entendido o significado disso.

A lição que a gente aprende com a vergonha alheia do Galvão é algo que todo mundo já ouviu da mãe: “Se você não tem algo útil para falar, não fale nada.”

Em tempos de “relevância por conteúdo”, essa prática da redundância – ou enchimento de linguiça -, tão popular em conversas de elevador e jogos de futebol desinteressantes, tem se tornado popular também em nossa área: a publicidade on-line.

Quem nunca viu um blog empresarial sem nenhuma informação útil ou interessante pode atirar a primeira pedra.

Desde que o Russell Davies e outros gurus da auto-ajuda corporativa escreveram que as marcas precisam “conversar” com seus consumidores, toda empresa que se preze tem um blog, um perfil no Twitter, outro no Facebook e uma comunidade no Orkut.

Não que eu discorde disso. Muito pelo contrário, aliás. O problema está na falta do que falar nessas comunidades.

Na obrigatoriedade de postar pelo menos três mensagens por dia no Twitter, dois textos por semana no blog e acompanhar as comunidades nos Facebooks e Orkuts da vida, os estagiários – digo, analistas de social media -, muitas vezes não têm tempo de pesquisar sobre aquilo que vão falar/postar. E aí mora o perigo.

É chover no molhado usar esse parágrafo para dizer que a internet está mudando o mundo. E se o mundo mudar, a publicidade também muda. Portanto, vamos para o próximo.

Assim como um diretor de arte que passa mais de 12 horas por dia na frente do Photoshop (e por isso não tem tempo de consumir cultura, em busca da tão popular referência), e o redator que passa mais tempo na frente do Word do que de um bom livro, um social media que não procura por assunto como a mãe procura um filho perdido (tá bom, exagerei), corre o sério risco de ganhar um baita de um CALA BOCA em rede mundial.

Só que a palavra depois do CALA BOCA não vai ser o nome de uma pessoa. Mas, sim, o de uma empresa. E isso, mais do que uma piada interna, pode custar alguns milhões.

Citando a vinheta do podbiliity – o podcast da Bullet, e David Ogilvy – o senhor publicidade:

EMPRESÁRIOS APRENDAM! O que você fala é sempre mais importante do que como você fala.

Reza a lenda que o tolo não aprende nunca, o normal aprende com seus próprios erros, e o sábio, com os erros dos outros.

A Copa já começou. Nos próximos dias, a gente vai saber se o Galvão aprendeu com seus erros, e vai dar uma segurada ao ser tentado a falar bobagens.

Mas meu desejo é que você, querido leitor que gerencia o Twitter da sua empresa, aprenda com o CALA BOCA GALVÃO, o que nossas avós tentam nos ensinar há anos: “quem fala demais, dá bom dia a cavalo”.

Fonte: Webinsider

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